terça-feira, 26 de julho de 2016

OLIMPÍADA E COPA SÃO BOAS OU MÁS PARA O PAÍS-SEDE? VEJA O QUE ACONTECEU MUNDO AFORA...
Na nossa coluna GiraMundo da rádio CBN Salvador, procuramos responder à pergunta que não quer calar... Use o link abaixo para ouvir ou leia se tiver problemas de audição:


http://www.cbnsalvador.com.br/noticias/single-noticias/noticia/a-olimpiada-e-vantajosa-para-o-pais-sede/?cHash=87a6cddd68930d8f87cbd4dd1b19b1dc


Bom
dia amigas e amigos da CBN.
A10 dias de começar a Olimpíada no Rio e em meio a operações mirabolantes contra o Estado Islâmico, surge a inevitável pergunta: Copas e Olimpíadas foram boas ou más para os países que as sediaram até agora?
Emum trabalho apresentado na ONU, em 2010, a brasileira Raquel Rolnick, relatora das Nações Unidas para o Direito à Moradia, é curta e grossa: megaeventos esportivos tendem a expulsar pessoas pobres e de classe média de suas áreas históricas, por causa da supervalorização de imóveis que se dá no processo preparatório. Em 1988, na Coréia do Sul, 48 mil edificações foram destruídas, prejudicando milhares de pessoas. Tudo em nome do embelezamento de Seul para os jogos e isso afastou as pessoas de suas áreas de convívio. Na China Comunista, em 2008, a ditadura local expulsou 1 milhão e meio de pessoas de suas casas e muitas foram presas por resistir ao despejo. A Grécia foi o país que mais sofreu até hoje, com uma crise de endividamento para realizar os Jogos Olímpicos de 2004, em Atenas, levando os gregos a uma situação de penúria que dura até hoje. A África do Sul também colhe os resultados negativos de suas dívidas para a realização da Copa do Mundo de 2010, que trouxe uma inflação imobiliária que prejudicou famílias em todas as cidades onde se construíram estádios.
Resposta da pergunta da semana: o relatório de 2010, da ONU, é claro – os grandes eventos esportivos até podem melhorar os lucros de uma parte dos empresários e políticos do país-sede, mas, para a maioria da população destes países, os prejuízos são maiores que os benefícios. É o chamado negócio bambu, se é que me entendem. E nada mais digo. Tony Pacheco para a CBN Salvador.

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