sexta-feira, 8 de dezembro de 2017

Você pode não gostar de Trump, mas ele fez o que muitos presidentes brasileiros não gostam de fazer: cumprir a lei.

Sucessivos presidentes americanos, desde 1995, têm adiado a decisão bipartidária (de republicanos e democratas) do Congresso Americano de transferir a Embaixada dos EUA em Israel de Tel Aviv para Jerusalém e esta lei ainda dava o prazo final para transferência: maio de 1999. Os democratas Bill Clinton e Barack Obama e o republicano George W. Bush simplesmente ignoraram o Congresso e adiaram "ad infinitum" a transferência, como se não fosse uma obrigação. Donald Trump, embora seja um presidente de 99% ações controvertidas, resolveu cumprir o que o povo americano e seus representantes decidiram em 1995 como "obrigação" do governo de Washington. Há quem não goste mundo afora, mas DESTA VEZ Trump está cumprindo a lei e a vontade do povo americano.


TRUMP, JERUSALÉM E A VERDADEIRA HISTÓRIA

TonY PaCHeco

A atitude do presidente dos Estados Unidos da América, Donald Trump, de reconhecer Jerusalém como capital do Estado de Israel, promete esquentar a já quentíssima arena internacional nos próximos meses. A maioria dos chefes de Estado do mundo preferia que Trump não tivesse feito isso, pois continuam a temer que os árabes voltem a usar o fornecimento de petróleo e o terrorismo como armas contra todo o planeta. Mas, antes de decidir se Trump acertou ou errou, temos que ver a História por trás da disputa por Jerusalém entre judeus, cristãos e muçulmanos. Quem, realmente, tem o direito histórico de reclamar a cidade?


CIDADE CONFLAGRADA

Os judeus pretendem que sua ocupação da região de Jerusalém remonta a 4 mil anos antes de Cristo, mas de histórico mesmo se tem que a cidade foi capital de reinos judaicos a partir dos anos 900 antes de Cristo, primeiro com Davi e depois com seu filho Salomão e daí por diante, sempre historicamente falando e não por tradição religiosa, as diversas tribos judaicas ocuparam Jerusalém e cercanias até 135 depois de Cristo.
Neste ano 135 d.C., o imperador Adriano, de Roma, resolveu punir os judeus por suas insistentes revoltas contra o Império Romano desde os anos 70 d.C. e finalmente os proibiu de morar em Jerusalém, expulsando todos os judeus da cidade e mudando seu nome para Aelia Capitolina, situação que perdurou até o século VII d.C., passando, inclusive, pelo período do imperador Constantino, de Bizâncio (hoje, Istambul), que manteve a tradição de proibir judeus na cidade e construiu ali os primeiros templos católicos (cristãos), como a Igreja do Santo Sepulcro.
É bom ressaltar que o imperador Adriano era ferrenho opositor dos judeus e dos cristãos, daí ter renomeado Jerusalém e até mesmo a região que passou a se chamar Palestina (“Palaestinae” ou Terra dos Filisteus, povo que combateu os israelenses desde sempre, os mais ferrenhos inimigos dos judeus). Adriano tentou e quase conseguiu ressuscitar a religião dos deuses antigos de Roma (Júpiter, Netuno, Vênus, Urano etc.), em oposição ao deus Jeová judaico e  Deus e Cristo dos primeiros católicos.
Por aí já vimos que quem fundou e ocupou Jerusalém por séculos foram os judeus. Os cristãos só formalizaram uma ocupação da área com Constantino, três séculos depois de Cristo e mais de 1.000 anos depois do rei judeu Davi.
Os muçulmanos foram os últimos a chegar em Jerusalém, no século VII depois de Cristo, até porque sua religião não existia até 622 d.C., ano em que Maomé teria decretado como o início da Era Islâmica, a partir de quando se conta o ano 1 do calendário muçulmano, isto é, quase 1.600 anos depois dos reis judeus Davi e seu filho Salomão.
Agora vem a parte mais irônica (engraçada mesmo) da História com H maiúsculo: os povos que permitiram a volta dos judeus a Jerusalém foram, justamente, aqueles que fundaram a religião de Maomé, o Islamismo e seu deus Alá, O Misericordioso. É isso mesmo: os muçulmanos permitiram aos judeus voltarem a Jerusalém depois da proibição romano-bizantina que durou séculos.
Depois veio o tempo das Cruzadas, quando reis católicos da Europa Medieval tentaram recuperar Jerusalém das mãos dos muçulmanos. E, neste período, os católicos cristãos cortaram a cabeça de muitos islamitas, como os islamitas hoje em dia fazem com os cristãos. Cruzados cristãos e ocupantes maometanos de Jerusalém promoveram carnificinas muito piores do que as romanas ou do que as das guerras recentes.
E o “povo palestino”? É uma invenção da Guerra Fria entre Estados Unidos (apoiando Israel) e a então União Soviética (hoje Rússia, apoiando os países árabes). Não existem egípcios, marroquinos, sírios, jordanianos, iraquianos, libaneses, líbios, yemenitas, omanitas, argelinos, tunisianos, sauditas ou palestinos. Todos os povos que vão do Marrocos até o Iraque são árabes, divididos por questão de conveniência imperialista entre Inglaterra e França, os dois grandes impérios do final do século XIX (anos 1800) e meados do século XX (anos 1900). Rússia e EUA apenas tomaram o lugar daquelas duas potências e dividem os árabes para melhor dominá-los e, claro, ao seu petróleo.
O que os ativistas islâmicos hoje em dia chamam de “povo palestino”, na verdade são os árabes jordanianos que moravam na Cisjordânia de 1948 a 1967, e os árabes egípcios, que moravam na Faixa de Gaza durante o mesmo período. Depois que sete nações árabes se uniram para invadir Israel e destruir o recém declarado Estado Judeu, em 1948, e depois da guerra de 1956 na região do Canal de Suez (Egito), os árabes perderam militarmente e aí começou a guerra política e diplomática e fundou-se, no início dos anos 1960, a Organização para a Libertação da Palestina (OLP), usando, justamente, o nome que também o imperador Adriano de Roma usou, só para fustigar os judeus: “palestinos”, uma criação de marketing muito inteligente, mas sem nenhum significado histórico, étnico ou cultural que seja. O intuito é apenas pirraçar os judeus, pois palestinos são apenas jordanianos e egípcios e todos não passam de árabes, uma única nação que vai do Marrocos ao Iraque. Palestino é uma jogada política para ganhar uma guerra que foi perdida pelos árabes nos campos de batalha.

RESUMO DA ÓPERA

Jerusalém é, historicamente, a capital não de todos, mas da maioria dos judeus, desde quase mil anos antes de Cristo. E com exceção de alguns séculos em que o Império Romano e o Império Bizantino mantiveram os judeus afastados, à força, de Jerusalém, a cidade sempre foi habitada pelas diversas tribos judaicas.


Já Donald Trump é o presidente dos EUA mais controvertido e com idéias mais reprováveis de todos os tempos, mas está fazendo a primeira coisa certa do seu mandato inútil até agora: está consertando maldades históricas de várias nações contra o povo judeu e devolvendo aos judeus sua capital histórica. Só isso. Podem jogar pedra nesta Geni chamada Trump, mas não por reconhecer Jerusalém pelo que ela realmente sempre foi, a capital da maioria das tribos judaicas.