quinta-feira, 17 de abril de 2014

NÃO SOUBE FAZER A DIFERENÇA

toNY pACHeco*


A arte de fazer política não se restringe a esculhambar o adversário e ficar sentado dando risada enquanto ele chafurda num equívoco, como está acontecendo atualmente entre o prefeito de Salvador e o governador do Estado.
Num momento como este da Greve da PM, a Prefeitura do Salvador deveria ter um PLANO DE CONTINGÊNCIA que contemplasse colocar TODOS OS SEUS DEPARTAMENTOS funcionando “full time” para passar SENSAÇÃO DE SEGURANÇA E PRESENÇA. Mas, não para ajudar o governador e, sim, MOSTRAR À POPULAÇÃO que quando o prefeito está com o poder nas mãos ele consegue FAZER A DIFERENÇA.
Guarda Municipal – desde os primeiros momentos deveria ter sido sintonizada para estar a postos em todos os principais cruzamentos da cidade, garantindo os agentes de trânsito e transporte da Transalvador. Já que agora estão armados, este trabalho seria fácil. E, claro, não exigir do servidor CONSCIÊNCIA DE SERVIDOR. Isto não existe. Junto com o Secretário da Fazenda, estipular prêmios e vantagens para aqueles que VESTISSEM A CAMISA DO BEM-ESTAR DA POPULAÇÃO.
Transalvador – complementando o item 1, trabalhariam em dobradinha com a GM para garantir visibilidade ao trabalho da Prefeitura, mostrando que QUANDO TUDO PÁRA, A PREFEITURA FUNCIONA EM PROL DO BEM-ESTAR DO POVO.
Codesal – cancelar feriadão de todo mundo enquanto durasse a Greve da PM e, claro, assegurando PRÊMIOS E VANTAGENS para todos pelo “sacrifício” que estariam fazendo.
Sucop – colocando equipes nas ruas para trabalhar acompanhadas de uma guarnição armada da Guarda Municipal. No quesito funcionalismo: prêmios e vantagens para todos que efetivamente comparecessem aos trabalhos.

Enfim, todos os setores de VISIBILIDADE DA PREFEITURA deveriam estar funcionando a mil nesta greve e a propaganda teria que comer no centro na mídia, MOSTRANDO O TRABALHO do prefeito. Mas o que está acontecendo? Os servidores da Prefeitura do Salvador, NA AUSÊNCIA TOTAL DE UMA POLÍTICA DE TRABALHO E VISIBILIDADE, se picaram das repartições ainda na quarta-feira, porque servidor público é assim: SE NÃO HÁ COMANDO E NÃO HÁ PROMESSA DE VANTAGENS, NEM CONTE COM ELES. E não é pra o gestor ficar com raiva disso. Caberia ao gestor ter seu PLANO EMERGENCIAL para mostrar que tem COMPETÊNCIA EM TEMPOS DE CRISE,  porque fazer passeião é fácil.
E o que vemos é o quê? Para a população, governador e prefeito ficaram no mesmo patamar: nenhum dos dois controla a máquina administrativa que está, TEORICAMENTE, sob seu comando.
Uma pena: seria uma propaganda eleitoral massiva entregue de bandeja pelo Governo do Estado ao grupo do prefeito. Mas, aproveita quem sabe. Agora é tarde, “Inês é morta!”. 

* tonY Pacheco estudou Jornalismo na UFBA, Economia na UFJF, Psicanálise na SPOB e é registrado no Ministério do Trabalho como Radialista profissional diplomado.



2 comentários:

  1. Parabéns Tony! Você tem esta visão de gestor público, que deseja capitalizar; só que quem tem o poder não pensa dessa forma! Enfim, estamos em um carro, sem freio e sem buzina, como diz um colega !!!

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  2. Tudo isso leva a seguinte conclusão: O Prefeito Netinho esqueceu a "Cartilha" do Avô!!!! Fica "Esperto" Prefeito!!!!

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