A ERA DOS IDIOTAS NO PODER
7º Lugar – JOKO WIDODO, presidente da Indonésia
toNY paCHEco
A Indonésia é um incrível país onde um candidato a
presidente derrotado, o general linha-dura Prabowo Subianto, obrigou seu
adversário civil, Joko Widodo, a se tornar mais radical de direita que seu
inimigo para poder vencer. Nas eleições de 2014, Subianto, como militar de
carreira e chefe do setor de repressão do Exército indonésio, bradava que tinha
autoridade para “acabar com a corrupção e o tráfico de drogas” e acusava
Widodo, então ex-governador de Djakarta, de ser fraco para a tarefa. Isso numa
campanha eleitoral que Widodo, conhecido pelo apelido de Jokowi, era tido como
“o Obama indonésio”, por sua jovialidade e idéias “modernas”. Os marqueteiros
de Jokowi não tiveram dúvidas: no último minuto mudaram a figura pública de
Widodo e “o tornaram” implacável, o que ele acabou tendo que mostrar na prática
quando ganhou e tomou posse como novo presidente indonésio. A partir daí, a
intolerância em relação a opositores, usuários de drogas, pequenos furtos,
LGBTs, está num crescendo que nos últimos anos, segundo a Human Rights Watch,
mais de 500 pessoas já foram açoitadas publicamente por “atos contra a
natureza” (homossexualidade) ou mulheres por terem traído os maridos. A Anistia
Internacional diz que "leis amplas e vagamente formuladas foram usadas
para restringir arbitrariamente os direitos à liberdade de expressão, de
reunião pacífica e de associação" na Indonésia.
Na prática, a imagem dura de Joko Widodo não modificou em
nada o tráfico e uso de drogas na Indonésia, um país de 250 milhões de
habitantes vivendo em mais de 7 mil ilhas. É impossível o controle de
fronteiras no maior arquipélago da Terra e o país é o maior entreposto de
drogas da Ásia, sendo distribuidor para todo o continente e também para a
Austrália, dos entorpecentes vindos da Tailândia, China e Malásia, entre outras
fontes.
O discurso antidrogas, que já fuzilou, inclusive, os
brasileiros Marco Archer Cardoso Moreira e Rodrigo Muxfeldt Gularte, não
reduziu o consumo no país, onde está a Ilha de Bali, um local que recebe 3,5
milhões de turistas estrangeiros por ano (o Brasil inteiro só recebe 5
milhões...), e que é um paraíso de drogas “ajudado” por uma das polícias mais
corruptas do mundo, segundo testemunha outro brasileiro: João Paulo Morais, que
morou na Indonésia, diz que “a corrupção é tão institucionalizada que se
enxerga ela todo dia” e instrui os possíveis turistas brasileiros que levem sempre
um dinheiro extra no bolso para subornar os policiais que cismarem com a sua
cara na rua.
Mas a razão principal de Joko Widodo estar na lista dos
idiotas no poder mundial é o fato de que os americanos presos por tráfico de
drogas na Indonésia não terem sido fuzilados. Quando a decisão de Widodo de
fuzilar estrangeiros movimentou o mundo, o porta-voz do presidente dos EUA de
então, Barack Obama, mandou um recado duro para o indonésio: “se um americano
for fuzilado o presidente indonésio será alvo de busca no mundo todo”. E o
próprio Obama declarou: “Quero ver se ele tem coragem de matar um americano” e
o embaixador americano em Djakarta foi curto e grosso: “Se executarem um
americano por drogas, em menos de 12 horas as bases militares da Indonésia
serão atacadas”. Widodo preferiu matar os dois brasileiros, afinal, a
ex-presidente Dilma Rousseff o máximo que poderia fazer era lamentar, pois o
Brasil não tem nem bombinhas de São João para jogar em ninguém. E Widodo ainda
tripudiou de nosso governo, dizendo que deveríamos cuidar dos brasileiros que
morrem por falta de assistência em saúde e pela insegurança pública.
Que rapazinho danadinho esse Jokowi, quando alguém pisa
forte, ele recua. E com os fracos ele é um Hulk...
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