JORNAL COMENTADO 233
10:49 - Terça-feira, 18.08.2015
tonY PACheco
"Mundo olha com atenção se o Supremo brasileiro vai descriminalizar a maconha"
(coluna GiraMundo, rádio 91,3 CBN Salvador)
Ouça a coluna usando o link abaixo:
http://www.cbnsalvador.com.br/noticias/single-noticias/noticia/tony-pacheco-fala-sobre-a-liberacao-do-uso-de-maconha/?cHash=48d9ca30631bbd22ad480ba409e100dd
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E o Brasil está na moda. Depois de o mundo observar nossas manifestações contra o governo, agora os olhares se voltam para o julgamento que o Supremo Tribunal Federal deve fazer, amanhã, sobre o uso de maconha. E aí vem a pergunta da semana: o correto é combater ou é legalizar?
Na verdade, o assunto está na pauta de todo o continente americano e da Europa inteira. Na Alemanha, há manifestações de rua neste Verão pela legalização do uso. Na Espanha, a região da Catalunha decidiu não perseguir mais o uso e sim, apenas, o tráfico. O nosso irmão Portugal há muito já não persegue usuários e a Bélgica tem clube que procura preservar a qualidade da erva para que não haja ameaça à saúde pública. Aqui na América Latina, a Comissão Interamericana para o Controle do Abuso de Drogas quer uma política que vise parar de perseguir usuários. E nisso tudo, um brasileiro se destaca. É o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o famoso FHC, que assumiu a presidência da Comissão Global de Política de Drogas, um grupo de 21 personalidades, entre elas, o Prêmio Nobel de Literatura Mario Vargas Llosa e o ex-secretário-geral da ONU, Kofi Annan. Fernando Henrique é curto e grosso: “O regime de controle de drogas internacional está falido”. Os EUA já gastaram, nos últimos 44 anos, 1 trilhão de dólares na sua “guerra às drogas” e o resultado é que os EUA se tornaram os maiores consumidores de drogas do mundo.
Resposta da pergunta da semana: as nações ocidentais olham para o Uruguai como um exemplo. A tendência é que os governos cuidem da saúde dos drogados cobrando impostos da produção e do consumo, pois do jeito que está, os governos gastam e quem fica com o dinheiro são os traficantes. É uma mudança inteligente e lucrativa, pois com impostos se acaba com o crime. Tony Pacheco para a CBN Salvador.
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